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Comprando ou vendendo seu supermercado? Confira alguns pontos de atenção para fazer o melhor negócio

A compra e a venda de lojas podem fortalecer o negócio de supermercados. Para não perder dinheiro, buscar um parceiro estratégico (investidor) e contar com um especialista para acompanhar o Valuation e as negociações são ações essenciais.

A consolidação do mercado de varejo alimentar é algo de que muito se fala, mas na prática os varejistas vêm poucas movimentações neste sentido. Nos últimos meses, início de 2020, tivemos a aquisição do Makro pelo Carrefour e da Rede Sales Supermercados pelos Supermercados BH, em Minas Gerais.

Para justificar a velocidade dessa concentração temos alguns fatores muito relevantes: 


1) O Brasil tem dimensões continentais, 8.515.767 Km², e se comparado a toda a Europa* 4.324.782 Km² tem praticamente o dobro do tamanho. Sem dúvida é muito mais fácil consolidar um mercado com menores distâncias. 

2) Aqui a complexidade da questão tributária é alta e muito onerosa. Grandes redes com faturamento de bilhões de reais mantêm sua atuação regional e não ultrapassam as fronteiras do estado, mesmo que em alguns casos tenham lojas há mais de 600 km de distância da Matriz. 

3) A questão da cultura é verdadeira. Diferente do que acontece em outros segmentos, como tecnologia, por exemplo, no varejo alimentar vender a empresa ainda é sinônimo de fracasso. A maioria dos supermercadistas associa a venda da empresa às dificuldades financeiras ou de sucessão. Poucos se preparam para fazer um bom negócio e vender a empresa de forma lucrativa.  

Felizmente isso vem mudando, já temos empresas pensando em fusões ou aquisições como algo mais estratégico e estruturado, como conta o especialista no assunto, Gustavo Fleubert, diretor comercial da R-Dias.  


Pontos favoráveis à concentração 


Se por um lado existem dificultadores da concentração no varejo alimentar, os pontos favoráveis a essa movimentação vêm crescendo e o mercado deve responder à altura. 

Um desses pontos, apontado pelo especialista em fusões e aquisições, Gustavo Fleubert, é a questão da taxa de juros e dos rendimentos do mercado financeiro, que vêm diminuindo ano a ano. Os retornos financeiros no Brasil estão em queda. Em junho de 2020, a taxa Selic atingiu patamares mínimos de 2,15% ao ano. 

Isso faz com que os investidores saiam do mundo financeiro e invistam no mercado real para ter melhores retornos, como na produção de bens, serviços e até mesmo no varejo alimentar. 


Outro ponto favorável destacado pelo especialista é que durante os últimos anos muitos supermercadistas se capitalizaram, prepararam suas estruturas, evoluíram em gestão, aumentaram sua capacidade de competição e estão eficientes e prontos para crescer.  

A maioria se preparou em 2019, com a melhora dos indicadores econômicos e da confiança do empresariado, para a expansão em 2020. 

Antes da pandemia, a quantidade de lojas previstas para abrir em grandes capitais era enorme. Somente em Fortaleza, por exemplo, entre clientes ativos e inativos da R-Dias já havíamos somado mais de 30 lojas. 

A pandemia e o Oceano Azul 


Se, por um lado, temos um grupo preparado para crescer, por outro lado a feroz concorrência dos últimos anos tem dificultado a vida de muitos supermercadistas. São empresas que têm perdido eficiência e normalmente têm altos volumes em financiamento bancário, com forte antecipação de recebíveis e ainda juros elevados. 

Muitos, desse segundo grupo, estão comemorando o atual momento, pois a essencialidade dos supermercados tem possibilitado navegar em um “oceano azul” durante a pandemia. Mas isso é por tempo limitado. Na verdade, trata-se de uma verdadeira cortina de fumaça que esconde o iceberg logo à frente.  

Acontece que essa questão envolve estoque, capital de giro e ciclo financeiro. Vender mais sem um bom ciclo financeiro impacta fortemente o capital de giro e nessas horas de recessão o dinheiro pode custar ainda mais caro nos bancos. O aumento de vendas em função da essencialidade e o aumento de margem em função das poucas ofertas das últimas semanas são passageiros, é preciso cuidado. 

Expandir e capitalizar 


Um ponto que pode ser explorado entre esses grupos de empresas supermercadistas é o de lojas deficitárias. Veja o gráfico abaixo que mostra o EBITDA por loja. 


Muitas unidades estão positivas e outras negativas. Uma operação mais simples de fusão e aquisição (M&A) e a venda de uma ou de algumas lojas da rede para outras empresas pode ser uma solução, quem sabe a capitalização que o negócio precisa, segundo Fleubert. Isso porque durante a evolução da rede muitas lojas podem ficar fora do mix, do padrão de tamanho, e dificultar a performance da rede. 

Quem não conhece uma rede que tenha a matriz operando no mesmo local há 20 ou 30 anos e a loja acabou ficando fora do padrão? Uma operação de compra e venda pode ser um momento ideal para expandir de um lado e capitalizar de outro lado, sem maiores traumas. 

Em momentos de fusões e aquisições é essencial ter alguém de confiança conduzindo a operação. Há detalhes importantes como capacidade ociosa do ponto, qualidade e tempo de vida dos equipamentos, entre outras questões de garantias e proteções que fazem muita diferença. 

Fleubert tem assessorado muitas empresas pelo Brasil e participado de operações de fusões e aquisições (M&A) garantindo ao cliente o melhor negócio possível. 

Quer saber mais sobre o mercado de fusões e aquisições entre em contato com a gente pelo nosso canal gratuito. Clique aqui. 

*Europa sem a Rússia