A R-Dias sempre orientou seus clientes na implantação e acompanhamento dos processos para que a operação de loja fosse executada com qualidade e eficiência, e este trabalho tem resultado em lojas com ótima operação e redes com todas as unidades padronizadas, ou seja, as regras estabelecidas na matriz estão presente em todas as unidades, acabando com o antigo problema das redes varejistas em que cada unidade tem a “cara” do gerente.
Porém, o atual cenário de pandemia pede atenção e mudança de comportamento, é preciso mudar alguns procedimentos, implantar diferentes processos e se adaptar as novas exigências sem perder a eficiência operacional e nós da R-Dias acreditamos que o recebimento de mercadoria seja um ponto que merece, neste momento, revisão de processo.
Por que é preciso rever o processo de recebimento de mercadorias?
Os supermercados registraram grande aumento nas vendas e isso tem refletido de maneira direta no abastecimento, sendo comum encontrarmos lojas com ruptura em algumas categorias por conta da falta de mão de obra para abastecimento, ou seja, o produto está no depósito mas não na área de venda, seja por ausência de entrega por parte do fabricante.
O problema de ruptura relacionado ao não abastecimento da área de venda já foi tratado pelos especialistas da R-Dias no vídeo Abastecimento nos supermercados, e neste texto trataremos o desabastecimento pela não entrega da indústria.
De um lado, temos o supermercadista que sofre com a ruptura de alguns itens que tiveram grande aumento de demanda e por outro, a indústria em sua grande maioria, afirmando que está preparada para este boom na demanda e que tem capacidade de atender todos os supermercados. Ou seja, estamos diante de cenários conflitantes e só conseguimos identificar o verdadeiro problema ouvindo inúmeros relatos de ambas as partes, indústria e varejo alimentar.
A grande maioria dos varejistas tem regras para o recebimento de mercadorias, ponto positivo em situações normais, sem pandemias, e estas regras restringem dia e horário de recebimento, prazo para entrega pós realização de pedidos e a relação aceita entre quantidade pedida vs entregue. Em situações em que a indústria está tendo sobrecarga de pedidos, as empresas logísticas estão trabalhando com capacidade máxima, e respeitar estas normas está sendo um complicador e tem gerado gargalo na distribuição.
A solução pode ser simples mas precisa ser bem estruturada para não gerar problemas futuros, afinal, quantas vezes nos deparamos com situações em que resolvemos de imediato o problema mas depois nos deparamos com consequências que não haviam sido pensadas e então, surge um outro problema a ser resolvido.
Diante disso, a sugestão da R-Dias para nossos clientes está na flexibilização do horário de recebimento de mercadoria da indústria. Estamos sugerindo que nossos clientes flexibilizem os horários de recebimento e não a maneira que realizam o recebimento. O que isso significa que deve ser disponibilizado horários mais amplos para o recebimento de mercadoria, mas não se deve abrir mão do procedimento padrão de recebimento como o uso da conferência cega, controle de temperatura e qualidade das mercadorias.
Um outro ponto que merece atenção é o descarregamento de mercadorias, nos deparamos inúmeras vezes com processos de descarregamento pouco eficiente gerando gargalos logísticos, como por exemplo, nem todos os caminhões são descarregadas com empilhadeiras mesmo nos casos em que a carga permite o uso deste equipamento. No cenário atual em que há concentração no volume de entrega da indústria, o uso deste equipamento agilizará a entrega e trará muitos benefícios para toda a cadeia, da indústria ao consumidor final.
Portanto, o momento exige revisão de processos na busca de operações ainda mais eficientes, e isso significa o atendimento da demanda atual sem se esquecer de procedimentos chaves. A empresa não pode solucionar um problema atual gerando problemas futuros e neste caso, pode estar relacionado a perdas pela conferência mal feita ou não feita.
A flexibilidade em alguns processos de recebimento nos supermercados pode melhorar a parceria entre a empresa varejista e a indústria e todos os envolvidos da cadeia colherão bons frutos.
Boas vendas!!